Beatriz agora chefia o Departamento de Proteção Territorial e de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato do Ministério dos Povos Originários e Alessandra assumiu o Instituto Dom Phillips
As duas acreditam que, além da punição dos acusados pelas mortes dos maridos, é preciso conter a rotina de ameaças e medo nas aldeias. Em entrevista ao GLOBO, Beatriz e Alessandra relembram a agonia do período de buscas pelos corpos, do comportamento inaceitável do governo de Jair Bolsonaro diante da tragédia e contam como, nos últimos meses, encontraram forças no legado dos parceiros.
Sua perda e dos familiares de Dom é irreparável e impossível de mensurar, mas o que na sua opinião ajudou ou pode ainda ajudar a mitigar o sofrimento do que aconteceu? Acho que desde a época das denúncias, nada foi feito, nada providenciado, depois da morte do Maxciel ficaram todos fragilizados. Maxciel estava em operações com Bruno, principalmente contra o garimpo. Em vez do pessoal investihar a morte do Maxciel, aprofundar, fazer com que fosse acompanhado, eles largaram a investigação, ninguém se mobilizou por lá. Ainda por cima exoneraram o Bruno, que estava fazendo o seu trabalho.
os crimes fizeram a mudança. Mas é pouco ainda. Eu fico pensando assim que a extensão do trabalho dele ainda não foi toda explorada. Conhecimento técnico que ele tinha é uma perda enorme. Para que não seja em vão, que se faça algo bom.Esses dois setores da vida foram bastante afetados e está bem difícil. Bruno era meu parceiro no trabalho e na vida pessoal.
Alessandra Sampaio conta que, após luto e depressão, focou na missão de criar Instituto Dom Phillips — Foto: Rafael MartinsÉ difícil para mim falar também porque é vivenciar essa perda já que Dom era muito companheiro, a gente tinha uma afinidade muito grande, um parceiro. E fica esse buraco que eu não tem como cobrir, mas eu não fico focando muito nisso porque é uma realidade que eu não posso mudar.
Isso acabou sendo muito impactante para a gente da família. Para te dar um exemplo, para mim é o primeiro exemplo que eu dou , que eu acho que é o mais bárbaro, o mais cruel, é que quem me avisou do desaparecimento do Dom foi um amigo jornalista na segunda-feira de manhã.
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