Governo israelense enfrenta grande pressão por parte dos familiares dos reféns do Hamas e de uma parte da sociedade para concordar em trocar milhares de prisioneiros palestinianos por eles, mas muitos se opõem à ideia.
Não é a primeira vez que um governo israelense enfrenta um dilema semelhante, embora nunca com tamanha magnitude.Mas, se no passado, sucessivos governos israelenses se dispuseram a libertar milhares de prisioneiros em troca de um único refém , hoje o desfecho não parece tão claro.
Além disso, segundo o grupo palestino, também mataram cerca de 50 reféns, embora não tenha fornecido provas disso. Nas últimas semanas, segundo Qadura Fares, presidente da Comissão para as Questões dos Prisioneiros Palestinos, as forças de segurança israelenses prenderam cerca de 4 mil trabalhadores de Gaza que estavam em Israel quando a guerra começou, e aqueles que mantêm em bases militares, e detiveram mais de mil pessoas em ataques na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Ele não é o único. Ifat Kalderon, que tem um primo mantido refém pelo Hamas, também apoiou a troca: "leve-os , não precisamos deles. Quero que a minha família e todos os reféns voltem para casa, são cidadãos, não soldados", disse ele à agência de notícias AFP. O governo e o primeiro-ministro Netanyahu "não deveriam tentar salvar a maltratada honra nacional de Israel e a dos militares à custa de bebês, crianças, adolescentes, idosos e pais, ou à custa das suas famílias em Israel, que estão enlouquecendo com preocupação e dor", acrescentou o Haaretz.
"Quanto mais pressão militar, mais poder de fogo e mais atacarmos o Hamas, maiores serão as chances de empurrá-los para um lugar onde aceitem uma solução que permita o regresso dos nossos entes queridos", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant. "O acordo Shalit expôs uma vulnerabilidade na política de segurança de Israel, que libertou 1.000 terroristas em troca de um soldado israelense. Esta experiência destacou o que foi percebido como uma falta de proporcionalidade neste tipo de intercâmbio", disse uma fonte do governo israelense ao jornal britânico The Times.
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