Durante esse período, Aigul Riskaliyeva passou seu aniversário no terminal e chegou a ter problemas de saúde
Uma mulher do Cazaquistão passou 12 dias vivendo no Aeroporto Internacional de Ezeiza, na Grande Buenos Aires, após ter sido barrada de entrar no país. Aigul Riskaliyeva, de 53 anos, chegou à capital argentina, no último dia 12 janeiro em um voo que teve escala em Istambul e São Paulo.Ela queria rever a filha e conhecer o neto recém-nascido, que vivem na Argentina.
Aigul foi transferida para a zona de trânsito do aeroporto e informada que seria enviada num voo de volta a Istambul no dia seguinte. Durante esse período, Aigul passou seu aniversário no terminal e chegou a ter problemas de saúde. Ela recebia visitas da filha, que levava comida, e também teve ajuda de passageiros que se solidarizavam.
Segundo seu advogado, ele dormia no chão ou nos sofás das salas de espera e nos primeiros dois dias não deram nada para comer ou beber. Além disso, ficou sem o passaporte, porque estava retido.
Segundo a defesa de Aigul, não havia nenhum motivo para impedir a entrada da cliente. "O falso turista não existe em nenhuma lei. É uma resolução do setor de imigração argentino." A Direção Nacional de Migrações esclareceu ao Clarín que a mulher se encontrava numa “situação de inadmissibilidade” porque tinha mentido na sua declaração ao entrar no país e que tinha duas opções: regressar ao seu país ou ir para outro destino, ou permanecer em Ezeiza aguardando a resolução judicial. Foi isso que Aigul decidiu e finalmente a Justiça decidiu a seu favor.