Depois constrangimento com academia, ministros procuram especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Depois da reação negativa à ideia do governo federal de construir um canal para drenar a lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuaram e agora tentam desfazer o mal-estar na relação com pesquisadores e cientistas. O plano inicial do Executivo, segundo especialistas, poderia afetar a navegabilidade na região, causar impactos na produção agrícola e ter efeitos negativos para o meio ambiente.
O IPH chegou a divulgar uma nota contrária ao plano do canal afirmando que uma obra desse tipo, "sem considerações necessárias, pode causar danos irreversíveis". O texto enumera riscos elevados como erosão das praias; salinização do Guaíba e outros efeitos. Segundo análises do IPH, mesmo que um canal fosse aberto na lagoa dos Patos, em Rio Grande, no sul do estado, a obra reduziria em poucos centímetros o nível do Guaíba, em Porto Alegre. Na visão de especialistas, outros problemas seriam criados, inclusive de maior proporção.
Depois dessa rodada de conversas com a academia, a ideia é contratar um estudo que faça um diagnóstico das obras necessárias para conter as águas do Guaíba, Lagoa dos Patos, nos rios Taquari, Caí, Antas, Sinos e Jacuí. Também é prioridade uma proposta de revitalização do sistema de diques e bombas da Região Metropolitana.
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