Na adaptação identitária e 'decolonial' de O Guarani, de Carlos Gomes, os elementos indígenas não são nada mais que um ruído
Logo que o Theatro Municipal de São Paulo anunciou a montagem de O Guarani, a ópera de Carlos Gomes, com a concepção de Ailton Krenak, uma controvérsia programada veio à tona. Programada porque foi feita para a aprovação de uns e desaprovação de outros — é assim que se “provoca” o debate hoje em dia.
O que mais chama a atenção é que o líder indigenista Krenak se refere à ópera, cuja montagem foi convidado a conceber, apenas em termos totalmente negativos. “Peri é uma caricatura de índio ridícula, a que estamos sujeitos há 150 anos”, diz ele. “Os povos originários se sentem ofendidos pela narrativa da ópera. E ela traz um dano cultural enorme por ter sido perpetuada acriticamente por tanto tempo”.
Gostaria muito de saber exatamente qual dano cultural a ópera mais importante do repertório lírico do país produziu. Bem dizia Stanley Kubrick: “Nenhuma obra de arte jamais causou prejuízo social, apesar de muitos prejuízos sociais terem sido causados por aqueles que tentam proteger a sociedade contra obras de arte que consideram perigosas“.
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