Receio de ver desenho da Esplanada dos Ministérios desfeito levou petista a agir em articulação e cobrar ministros
Quase seis meses após tomar posse, o presidente Lula assistiu nos últimos dias à demonstração mais contundente de insatisfação da Câmara dos Deputados com o governo e correu o risco de ver boa parte do desenho que fez para os seus ministérios ser apagado.
O Palácio do Planalto sabe que hoje não tem votos suficientes para aprovar medidas de interesse sem a influência do presidente da Câmara. Isso significa também abrir espaço na máquina federal para outras legendas, como PP, Republicanos e até o PL, que apoiaram a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022 —alguns no primeiro, outros no segundo escalão.
A situação da União Brasil, que tem três ministérios, é considerada a mais frágil. Isso porque Daniela Ribeiro pediu à Justiça para deixar a legenda, e Juscelino Filho não tem o apoio de boa parte da bancada. De outro lado, Lula teve de entrar pessoalmente na articulação política, telefonou para o presidente da Câmara, recebeu o líder da União Brasil, Elmar Nascimento , e começou a preparar um diagnóstico sobre os problemas das pastas, fazendo um pente fino e tratando diretamente com cada ministro.
Por exemplo, não teria autoridade para convencer outros ministros a executarem aquilo que foi acordado. ic_share Leia Mais Ícone fechar Voltar Ver novamente Voltar Voltar Compartilhe O Planalto estava recebendo recados, havia ao menos duas semanas, de que havia bancadas dispostas a derrubar a MP da Esplanada pela insatisfação com a articulação política do governo.
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