Autoridades apontam movimentações financeiras suspeitas; ministério diz que afastou servidor que respondia por diretoria
A Polícia Federal identificou um funcionário do MEC suspeito de participar do suposto esquema criminoso de compra de kits de robótica de uma empresa ligada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira .
No governo Jair Bolsonaro , o funcionário do MEC Alexsander Moreira era coordenador-geral de Apoio às Redes e Infraestrutura Educacional. A área tem atuação no sistema de transferências de recursos por onde saiu o dinheiro para os kits, o chamado PAR . Os recursos eram geridos pelo FNDE , órgão ligado à pasta.
O TCU, porém, concluiu em abril deste ano que houve fraude nos processos de compras de kits de robótica e suspendeu os contratos para esse fim. O agora ex-funcionário do MEC recebeu três depósitos de um homem cuja empresa foi representada por Edmundo Catunda, sócio da Megalic e com estreita proximidade com Lira. A Megalic sempre negou irregularidades, mas não respondeu a novos questionamentos após a operação da PF.
A nota técnica assinada por Moreira defendeu os valores incluídos no PAR. O TCU, por sua vez, não identificou a existência de documentos capazes de fundamentar o preço.
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