Leais ao regime desde Hugo Chávez, os militares têm razões que vão desde poder político e econômico até a vigilância e punição para manter-se ao lado de Maduro em um momento em que sua reeleição e seu governo são duramente questionados no país e no exterior.
“Leais sempre, traidores nunca”, gritou um grupo de quase 20 militares da alta patente ao redor do ministro da Defesa da Venezuela, o general Vladimir Padrino López, após um breve discurso na terça-feira .
Passadas mais de 96 horas do encerramento da eleição, que ocorreu no domingo , as atas com os registros dos votos ainda não foram apresentadas. O site do CNE segue fora do ar, e o governo diz que investigará um suposto “ataque hacker” ao sistema eleitoral. Já no primeiro ano de governo, Chávez promulgou uma Constituição que garantia, dentre outras coisas, o direito ao voto e à disputa de cargos eletivos aos militares.
A tentativa de destituição, que durou dois dias, partiu também de uma ala militar, descontente com o autoritarismo exercido pelo presidente. Nomeou generais em cargos de confiança e manteve um sistema de promoção dentro das Forças Armadas como forma de garantir o apoio dentre líderes militares.De acordo com o especialista, são cerca de 1,3 mil generais, dentro de um contingente entre 95 mil a 150 mil oficiais, segundo o ministério da Defesa do país.
Militares sob Maduro “Maduro é a face visível de um regime que é essencialmente militar, mas fala-se pouco dos militares no sentido de que eles não são cobrados ”, diz Oliver Stuenkel, analista político e professor de relações internacionais na Fundação Getúlio Vargas , que já viveu na Venezuela. A convocação das Forças Armadas para conter as manifestações nas ruas neste momento seria, portanto, uma exceção.
Corrales explica que Chávez e o ex-presidente cubano Fidel Castro fizeram um acordo para monitorar chavistas e não chavistas e detectar possíveis pontos de dissidência. Foi o que aconteceu no início deste ano, quando dez militares e policiais foram condenados a 30 anos de prisão por “conspiração, terrorismo e associação para cometer um crime”, segundo informou na época a advogada do grupo, María Alejandra Poleo.
“É bom o Brasil e a Colômbia se manifestarem , mas se você olhar para a relação comercial desses países com a Venezuela, fica evidente que eles não possuem uma influência enorme”, diz Stuenkel. Ou com a China, que comprou grande parte da dívida venezuelana, razões pelas quais ambos os países saíram em apoio ao resultado proclamado por Maduro na terça-feira .
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que ao menos 749 pessoas já haviam sido presas.
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