Revendedores de automóveis reclamam publicamente de declínio dos negócios, que ameaça futuro do atual CEO
A Stellantis, gigante automotiva proprietária de marcas como Jeep e Chrysler, enfrenta crise com estoques encalhados, lucros em queda e críticas públicas. Revendedores revoltados ameaçam greves, questionando decisões de curto prazo e salários do CEO Carlos Tavares. Mudanças nos modelos e pressão por estratégias claras aumentam a tensão.
Em 2021, a PSA se fundiu com a Fiat Chrysler, e a empresa combinada adotou o nome Stellantis. Embora esteja sediada em Amsterdã, suas operações nos Estados Unidos foram responsáveis por mais da metade do lucro da Stellantis nos primeiros seis meses de 2024, o que significa que os problemas reverberam pelo Atlântico. E os problemas são profundos, dizem analistas.
"A tomada de decisão imprudente de curto prazo para garantir lucros recordes em 2023 teve consequências devastadoras, mas totalmente previsíveis, no mercado dos EUA", escreveram Farrish e outros membros do conselho em uma carta a Tavares neste mês. "Essas consequências incluem a rápida degradação de nossas marcas americanas icônicas.
A Stellantis se recusou a disponibilizar Tavares para uma entrevista. Em uma declaração, a empresa disse que sua remuneração estava alinhada com a de outros CEOs do segmento automotivo, levando em consideração os lucros corporativos. E a Stellantis não conseguiu deter o declínio da Chrysler, que começou décadas atrás e já foi uma rival formidável da Chevrolet e da Ford Motor. A linha da Chrysler diminuiu para um veículo — a minivan Pacifica, que está disponível como um híbrido plug-in ou com um motor a gasolina convencional.
Ainda assim, com tantos veículos não vendidos, a Stellantis enfrenta pressão para reduzir a produção e cortar empregos, "o que é obviamente perturbador para o UAW", disse Kevin Roberts, diretor de análise e insights do setor na CarGurus, um site de compras de carros."Nossos negócios estão sofrendo.
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